Dúvidas sobre folga, liberação, desconto, entre outras, são frequentes. Não existe regra trabalhista para esses casos, mas o alinhamento com o empregador é fundamental

A Copa do Mundo para o time do Brasil inicia, oficialmente, no dia 24 de novembro, quando a Seleção Brasileira entra em campo pela primeira vez. Os três primeiros jogos da chave acontecem em dias úteis e durante horários de expediente: segunda às 13h, quinta e sexta às 16h.

Com este cenário surge o questionamento: como irá funcionar o dia de trabalho nas empresas?

A legislação trabalhista não prevê abono para estes casos, portanto, os profissionais deverão entrar em um acordo com suas lideranças. Porém, é comum que empresas flexibilizem a carga horária para que os profissionais possam acompanhar os jogos, mas é importante reforçar que esse tipo de ação não é obrigatória.

Algumas soluções encontradas, por exemplo, são horários reduzidos de trabalho nos dias de jogos, com compensação ou não do banco de horas ou trabalho remoto. Outra opção interessante é a realização de ações internas para que todos acompanhem os jogos na própria empresa, gerando maior interação entre a equipe e a diminuição do tempo ocioso. Estes acordos não precisam ser alinhados com o sindicado.

Em caso de não cumprimento do que foi estabelecido na empresa, atitudes mais radicais podem ser tomadas pelos empregadores. Há casos na Justiça do Trabalho, por exemplo, acerca de outros períodos de Copa do Mundo, em que ocorreram demissões e os empregadores alegaram justa causa devido à ausência dos profissionais ou possível embriaguez no horário de trabalho. Ressalta-se, no entanto, que este tipo de decisão se adequa melhor, caso o profissional já tenha histórico de comportamento inadequado.

Portanto, converse com sua liderança ou RH para que todos possam aproveitar a Copa do Mundo sem prejuízos.